Foi realizado um estudo de fase II para avaliar a atividade clínica do anti-PD-1, pembrolizumabe, em 41 pacientes com doença metastática progressiva tratados previamente, com e sem deficiência de mismatch repair (MMR). Pembrolizumabe foi administrado a 10 mg/kg por via intravenosa a cada 14 dias para três grupos de pacientes: os com câncer colorretal com deficiência de MMR (n=11); aqueles com câncer colorretal MMR-proficientes (n=21), e aqueles com cânceres MMR-deficitários de outros tipos que não colorretal (n=9). Os desfechos co-primários eram a taxa de resposta objetiva imuno relacionada (TROir) e sobrevida livre de progressão imuno relacionada com (SLPir) em 20 semanas.
Os resultados enconrados foram:
- A TROir e SLPir em 20 semanas para câncer colorretal MMR deficiente foram de 40 e 78%, respectivamente, e para outros cânceres MMR deficientes foram 71 e 67%, respectivamente.
- Em câncer colorretal MMR-proficientes, TORir e SLPir em 20 semanas foram de 0 e 11%, respectivamente.
- As taxas de resposta e controle da doença (CR + PR + SD) por RECIST critérios foram de 40 e 90% no câncer colorretal MMR deficiente, 0 e 11% em câncer colorretal MMR-proficientes, e 71 e 71% em outros cânceres MMR deficientes, respectivamente.
- SLP mediana e sobrevida global (SG) não foram alcançadas no grupo câncer colorretal MMR deficiente, mas foi de 2,2 e 5,0 meses no grupo CRC MMR-proficientes (HR para SLP=0,103; IC de 95%: 0,029-0,373; p<0,001 e HR para SG=0,216; IC de 95%: 0,047-1,000; p=0,05).
- Sequenciamento total do exoma revelou uma média de 1.782 mutações somáticas por tumor em comparação com deficiência de MMR para 73 em MMR-proficientes tumores (p=0,0015), e elevadas cargas totais de mutação somática foram associadas com o SLP (p=0,02).
Conclusões:
O status da MMR prevê o benefício clínico do bloqueio checkpoint imune com pembrolizumabe.
Referência:
Dung T. Le, Jennifer N. Uram, Hao Wang, et al. PD-1 blockade in tumors with mismatch repair deficiency. J Clin Oncol 33:abstr LBA100, 2015.
Equipe MOC na ASCO