Apoio:
Esse estudo foi realizado para avaliar a associação entre o uso de aspirina após o diagnóstico de câncer colorretal com a sobrevida câncer-específica (SCE) e sobrevida global (SG) na maior coorte já avaliada. Um estudo observacional de coorte retrospectivo de base populacional foi realizado ligando pacientes diagnosticados com câncer colorretal de 2004 a 2011 (Registro de Câncer da Noruega) com o uso de aspirina nos mesmos pacientes. Os registros utilizados cobrem mais de 99% da população norueguesa e incluem todos os casos de uma forma não selecionada. A exposição foi definida como tendo recebido prescrição por mais de 6 meses de aspirina após o diagnóstico de câncer colorretal. Os principais desfechos do estudo foram SCE e SG.
Os resultados encontrados foram:
- No total, 25.644 pacientes foram diagnosticados com câncer colorretal no período de estudo e 6.109 deles foram definidos como expostos a aspirina após o diagnóstico de câncer colorretal. O acompanhamento médio foi de 2,2 anos.
- Entre os pacientes expostos à aspirina (n=6.109), 2.088 (34,2%) óbitos foram registrados, dos quais 1.172 (19,2%) eram de câncer colorretal-especificos. Entre os casos não expostos à aspirina (n=19.535), 7.595 (38,9%) de mortes foram registradas, das quais 6.356 (33,5%) eram de câncer colorretal-específicas.
- Na análise multivariada, a exposição à aspirina após o diagnóstico de câncer colorretal foi independentemente associada com a melhoria da SCE (hazard ratio [HR]=0,53; IC de 95%: 0,50-0,57; p<0,001) e SG (HR=0,71; IC de 95%: 0,68-0,75; p<0,001).
Conclusões:
A exposição à aspirina após o diagnóstico de câncer colorretal é independentemente associada com a melhoria da SCE e SG.
Referência:
Simer Bains, Milada Mahic, Milada Cvancarova, et al. Impact of aspirin as secondary prevention in an unselected cohort of 25,644 patients with colorectal cancer: A population-based study. J Clin Oncol 33:abstr 3504, 2015.
Equipe MOC na ASCO
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