Diferentes estratégias são utilizadas no tratamento de primeira linha do câncer de ovário avançado. Dentre elas, estão incluídos o uso combinado de
bevacizumabe com quimioterapia, seguido do uso de
bevacizumabe como tratamento de manutenção, assim como o emprego de
olaparibe em monoterapia como tratamento de manutenção em pacientes que apresentaram resposta completa ou parcial a quimioterapia baseada em platina. Ambos os regimes possuem aprovação regulatória pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) baseada em benefícios de grande relevância demonstrados em estudos clínicos randomizados. Entretanto, o estudo
PAOLA-1 recentemente demonstrou que o emprego de
bevacizumabe em associação à quimioterapia e mantido como tratamento de manutenção em combinação a
olaparibe foi associado a benefício clinicamente significativo em sobrevida livre de progressão em comparação ao uso combinado de
bevacizumabe isolado (HR=0,59; IC de 95%: 0,49-0,72; p < 0,0001). Em análises de subgrupos pré-especificadas deste estudo, o benefício sugere ser fortemente associado à presença de alterações dos genes de reparo do DNA, seja através da presença de mutação do gene BRCA, como também nas alterações da recombinação homóloga. Neste Vídeo-MOC, Dra. Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, revisa detalhadamente os dados de eficácia e segurança do estudo
PAOLA-1 e comenta sobre a seleção de pacientes e o algoritmo de tratamento do câncer de ovário avançado com a incorporação do regime combinado de quimioterapia,
bevacizumabe e
olaparibe. Confira a apresentação e, ao final, uma discussão moderada pelo Dr. Antonio C. Buzaid, editor do MOC, sobre os dados do estudo e os impactos na prática clínica.