A incorporação dos inibidores de checkpoint imunes representou uma mudança de paradigma no tratamento do câncer de pulmão avançado, sendo considerado o tratamento-padrão para a vasta maioria dos pacientes neste cenário, seja em monoterapia ou em diferentes regimes terapêuticos combinados. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que a imunoterapia também possui um papel importante no tratamento perioperatório do câncer de pulmão de células não pequenas localizado.
O uso atezolizumabe no cenário adjuvante do câncer de pulmão de células não pequenas ressecado foi avaliado no estudo IMpower010, que randomizou 1.280 pacientes com doença estádios IB-IIIA entre dezesseis ciclos de atezolizumabe ou melhor suporte clínico após quimioterapia adjuvante com uma dupla de cisplatina. O desfecho primário do estudo foi alcançado, demonstrando que o tratamento com atezolizumabe reduziu em 34% o risco de recidiva de doença ou morte (HR=0,66; IC de 95%: 0,50-0,88; p=0,0039) quando comparado a melhor suporte clínico na população com doença estádios II-IIIA e com expressão de PDL-1 ≥ 1%,1 o que motivou à aprovação desta indicação terapêutica pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Neste Vídeo-MOC, preparamos uma revisão do manejo perioperatório do câncer de pulmão de células não pequenas localizado apresentada pelo Dr. Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, oncologista do A.C. Camargo Cancer Center, seguida de uma discussão moderada pelo Dr. William N. William, editor do MOC.
Referências: