Dr. Felipe Moraes, autor do MOC, fala sobre os destaques em câncer de rim e câncer bexiga desta ASCO.
O primeiro estudo comentado é KEYNOTE-426, trabalho de fase III, que avaliou a eficácia de
pembrolizumabe +
axitinibe versus sunitinibe como terapia de primeira linha para o carcinoma de rim metastático em pacientes com característica sarcomatoide. O estudo foi positivo para a combinação de
pembrolizumabe +
axitinibe, demonstrando taxa de resposta de 58% no grupo que recebeu
pembrolizumabe +
axitinibe versus 31% no grupo de
sunitinibe, além de uma surpreendente taxa de resposta completa (12%). Certamente, os resultados do KEYNOTE-426 colocam
pembrolizumabe +
axitinibe como uma viável opção de tratamento.
O segundo estudo em destaque avaliou
nivolumabe por 3 ciclos
versus nivolumabe +
ipilimumabe por 2 ciclos
versus nivolumabe +
bevacizumabe por 3 ciclos antes da metastasectomia ou citorredução, demonstrando benefícios interessantes em sobrevida global, com taxa de 86% no grupo de
nivolumabe versus 73% no grupo da combinação
nivolumabe +
ipilimumabe e 83% no grupo
nivolumabe +
bevacizumabe. Resultados que merecem novas análises em estudo fase III.
Houve também apresentação de um estudo fase III, avaliando
pazopanibe versus placebo no tratamento de manutenção do câncer de rim metastático. Infelizmente, o estudo foi negativo com dados de maior toxicidade, conforme esperado.
Com relação ao câncer de bexiga, Dr. Felipe Moraes fala sobre o ensaio fase III, duplo-cego CALGB 90601 (Alliance), que comparou
gencitabina e
cisplatina com
bevacizumabe ou placebo em pacientes com carcinoma urotelial metastático. Os dados ainda merecem amadurecimento.
Houve ainda a atualização do estudo CARMENA, avaliando o benefício da citorredução em subgrupo com pacientes de risco intermediário. Dados que ainda deixaram debate em aberto.
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