Editores da série MOC Antonio C. Buzaid - Fernando C. Maluf - Carlos H. Barrios
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Editor-convidado Caio Max S. Rocha Lima

Aproximadamente 1% de pacientes tratados com T-DM1 podem desenvolver fibrose pulmonar e consequentemente apresentar elevação de CA15-3 e CEA, um índice pequeno, mas que deve ser lembrado. Neste MOC-Dicas, Dr. Antonio Carlos Buzaid compartilha com os leitores do MOC o seu primeiro caso clínico de fibrose pulmonar provocada por tratamento com T-DM1. No caso clínico em questão, uma paciente jovem (44) foi diagnosticada em 2006 com carcinoma ductal in situ. Depois, recorreu com múltiplas metas cerebrais, fígado, ossos e pulmão. Na ocasião, biópsia do fígado foi realizada, mostrando carcinoma HER-2 3+, RH negativo. Uma revisão da lamina anterior da mama também foi feita, revelando que o tumor primário se tratava na realidade de carcinoma ductal invasivo de 5 mm, HER-2 3+, RH negativo. Iniciou-se o tratamento com carboplatina, paclitaxel e trastuzumabe X 4 ciclos com CR seguido de trastuzumabe isolado durante 4 anos. Após nova recorrência, foi adicionado trastuzumabe + vinorelbine. Meses depois, devido a uma progressão, o tratamento seguiu com trastuzumabe + capecitabina, que apresentou resposta por pouco tempo. Em 2014, quando T-DM1 ficou disponível, a paciente passou a recebê-lo e teve resposta completa durante dois anos até apresentar lesões pulmonares associadas ao aumento progressivo de CEA e CA15-3. O medicamento foi suspenso e uma biópsia pulmonar foi realizada, mostrando fibrose intersticial decorrente de droga. O caso está sendo discutido atualmente com médicos do mundo. Provavelmente, não será reintroduzido T-DM1. A discussão sugere adição de taxano, pertuzumabe e trastuzumabe, que a paciente nunca recebeu na primeira linha. Sempre que houver um dano pulmonar, haverá algum grau de fibrose. Quanto maior a fibrose mais alto será o CEA e o CA15-3. Essa é a dica desta aula.

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