O algoritmo de tratamento do câncer de mama HER-2 positivo inicial envolve diferentes opções de regimes terapêuticos, cuja seleção baseia-se principalmente no tamanho do tumor primário e no
status patológico dos linfonodos regionais. Apesar do envolvimento linfonodal ser classicamente conhecido como um fator de risco para recorrência de câncer e morte, a pesquisa do envolvimento linfonodal por métodos de imagem pode apresentar resultado falso negativo em cerca de um quinto das pacientes durante o estadiamento pré-operatório, fator que impacta diretamente na seleção da modalidade primária de tratamento (cirurgia primária
versus quimioterapia neoadjuvante). Tratando-se especificamente dessa população de pacientes com maior risco, cuja patologia cirúrgica demonstra o acometimento linfonodal, o estudo de fase III
APHINITY demonstrou que a adição de
pertuzumabe ao esquema de tratamento adjuvante com quimioterapia e
trastuzumabe reduziu em 28% o risco de recorrência de doença invasiva (HR=0,72; IC de 95%: 0,59-0,87) quando comparado ao mesmo esquema sem
pertuzumabe. Confira neste vídeo MOC uma apresentação pela Dra. Daniela Dornelles Rosa, oncologista do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre-RS, acerca da acurácia dos exames de imagem no estadiamento linfonodal pré-operatório, além da exibição do algoritmo atual de tratamento do câncer de mama inicial HER-2 positivo, com moderação do Dr. Antonio C. Buzaid, editor do MOC.